Descrição
Palestina: história de uma colonização foi publicado pela primeira vez na Revista de América, n° 12, em dezembro de 1973, pelo Partido Socialista dos Trabalhadores da Argentina (PST), partido fundado pelo dirigente trotskista Nahuel Moreno. Escrito por Roberto Fanjul e Gabriel Zadunaisky, dois integrantes do PST, o testo central reflete uma investigação e elaboração coletiva da que se desprende a análise e a políitca defendida pela corrente morenista sobre o tema. Foi de uma grande improtância, para tanto, a obra “A concepção materialista da questão judaica” de Abraham Leon, que abandonou o sionismo para ingressas ao trotskismo e, prisioneiro da Gestapo, acabou sendo executado em Auschwitz em 1944.
Ampliado e atualizado com outros trabalhos, foi reeditado em junho de 2008, em Buenos Aires, pelas Edições El Socialistas – publicação da Esquerda Socialista. Agora, em 2016, Edições Combate Socialistas, da Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST), corrente interna do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) reedita este trabalho em português. Passados mais de 40 anos, o texto continua atual e vigente, pois os gravíssimos problemas da Palestina não foram superados. Dedicamos assim esta reedição para as novas gerações de militantes que se aproximam do marxismo, para os quais este texto constituiu um instrumento indispensável.
A longa luta do povo palestino pela sua libertação é um fato histórico e político importantíssimo e que todo ativistas e/ou militante socialista necessariamente deve conhecer para tomar partido. A propaganda sionista gasta “rios de tinta” e bilhões de doláres para tentar justificar seus atos berrantes . Para contrabandear suas mentiras, os sionistas utilizam desde “explicações bíblicas” até falsas alegações “socialistas”, de acordo com o público.
De nossa parte, a ocupação da Palestina não responde a nenhuma questão “divina” nem tão pouco a projeto “socialista”. Nas páginas a seguir, os autores analisam cientificamente os fatos reais, materiais, para demonstrar que o estado sionista de Israel é um estado colonialista e que para manter essa situação, como na África do Sul ou Rhodesia, instaurou um regime de apartheid, de terror e de submissão extrema, onde “uma suposta raça superior” domina uma “raça inferior”.
Projetada desde finais do século XIX e executada em 1948, a ocupação colonial da Palestina pelos sionistas é um dos mais trágicos capítulos da história moderna. Proclamado na Organização das Nações Unidas (ONU), em 14 de maio daquele ano, o Estado de Israel, patrocinado pelas maiores potências do planeta, incluída a União Soviética de Stalin, inaugurava uma verdadeira tragédia de sangue e terror contra o povo palestino.
Sob o mito de “uma terra sem povo para um povo sem terra” justificou a violenta ocupação de um território que, diferentemente do slogan sionista. tinha donos e ocupantes: os palestinos. Para consumar esse plano, Israel montou um estado de terror, expulsando quase um milhão de árabes de suas terras, destruindo suas aldeias e apropriando-se de seus bens. Um dos principais símbolos desses massacres foi o extermínio consumado na aldeia árabe Deir Yassin, em abril de 1948.
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